28 de outubro de 2010

Abertas sim, fechadas não!

Foi com este slogan que a Hot Publishing empresa responsável pela edição portuguesa da Penthouse promoveu ontem em Vizela uma gigantesca campanha publicitária para anunciar o lançamento da nova revista. A agência, ardilosamente, aproveitou a manifestação popular de contestação à gerência da Companhia de Banhos para se infiltrar, incluindo alguns cartazes e palavras de ordem que pela natureza da mensagem não deixam dúvidas sobre o assunto a que se queriam referir. Ou não tivesse afirmado recentemente José Mascarenhas, director da "Penthouse" : “Não vamos fechar ou cruzar pernas, nem escurecer algumas zonas. O nosso lema é: 'Vamos pôr tudo a nu'".

Este assunto provocou, como é normal, um intenso e acalorado debate entre os frequentadores dos cafés e dos bancos da praça. Uns porque se sentiram usados, até “ porque já não têm idade para essas coisas”, outros porque, armados em intelectuais, discutiam, usando argumentos filosóficos e artísticos, se a abertura de pernas deve ser considerada um objecto de arte ou mera pornografia.

Confrontado com a situação, Albano Agostinho líder da associação de comerciantes vizelenses e promotor da manif, alegou desconhecer o assunto mas, a ser verdade, pretende reivindicar junto da editora a distribuição pelos estabelecimentos locais que aderiram ao movimento, de um exemplar da revista, que constituirá, para quem aguarda a vez, um agradável passatempo, bem mais estimulante do que a leitura do Boletim Municipal.

Voltando ao tema da manifestação, esta, nas palavras do correspondente de um diário nacional, logo insuspeito, “juntou alguns milhares de pessoas, uniu políticos de todos os partidos e população e levou ao encerramento de quase todo o comércio” a partir das 17:30 horas.
Houve, no entanto, estabelecimentos que permaneceram, orgulhosamente, de portas cerradas todo o dia, como foi o caso do restaurante Rainha, do café Universal ou da casa Girassol. Além destes, também meia dúzia de confecções anónimas que trabalham a feitio e cujos patrões “por mor de não haver que fazer” optaram por dispensar os trabalhadores descontando-lhe o dia no período de férias (“ …se lá chegarem”) contribuíram decisivamente para o sucesso da iniciativa.

Realce-se que todos os estabelecimentos aderentes ostentavam na porta o cartaz “Fechado pelas Termas".

Ao contrário, o Hotel e o Balneário Termal, talvez por ordens do accionista maioritário, tinham afixado nos portões o placar: “Fechado pela C. B. V.”.

Valha-nos Santa Rita!

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16 de outubro de 2010

As homilias do Padre Machado

Depois do estrondoso sucesso obtido com a intervenção sobre o encerramento das Termas, o pároco de S. João prepara para a homilia do próximo Domingo uma dissertação acerca do Plano de Pormenor da Quinta do Poço Quente.

Escorado nas palavras de S. Paulo na 2.ª Epístola a Timóteo, uma das leituras desse dia, o 29.º Domingo do Tempo Comum,: “proclama a palavra, insiste a propósito e fora de propósito, argumenta, ameaça e exorta, com toda a paciência e doutrina”, o sacerdote tem já em agenda uma série de prédicas versando temas actuais e diversos como: o Orçamento de Estado, a expulsão dos ciganos de França, a influência céltica na música tradicional portuguesa, ou mais comummente, a destruição dos candeeiros no Parque e o envenenamento dos cães na vizinha freguesia de Infias.

Paralelamente o boletim paroquial oferecerá um destacável contendo informação sobre os assuntos abordados.

Em relação à onda de boatos que tem grassado na cidade visando atingir figuras locais, além das outras sanções previstas no código penal da Santa Igreja, o padre Machado já ameaçou expulsar da catequese os filhos daqueles que se dedicam a tão ignóbil tarefa.

Tentaremos na próxima semana obter reacções e depoimentos dos paroquianos, nomeadamente das “figuras públicas que têm trabalhado afincadamente pelo bem de Vizela” e de cujas vidas privadas tanto tem constado. E, pelos vistos, sem razão...

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4 de outubro de 2010

Benjamim C. ameaça voltar

Em face dos resultados negativos do FCV e das actuações dos árbitros que, no entender dos responsáveis, têm ajudado à festa, B. Castro, o antigo homem-forte do departamento de futebol do clube, demonstra alguma abertura para regressar e pôr todos os seus conhecimentos e talento ao serviço do clube da nossa terra.

Sondado há algum tempo, precisamente aquando da ultima sessão no tribunal de Fafe que culminou com a sua absolvição, tendo ficado demonstrado que o apito dourado não passou de uma cabala destinada a manchar o nome de pessoas honestas, BC mostrou-se disposto a colaborar com a actual direcção para fazer regressar o FC Vizela à divisão em que o colocou e da qual nunca devia ter caído.

Em sábias palavras o ex-director resumiu o seu plano de acção: "temos que ser espertos como as cobras e não gentis como as pombas".

A única condição imposta por BC para o regresso, é que lhe ponham à disposição os materiais de construção, ou outros que venham a ser necessários, para obter a complacência dos homens do apito.

Inclusive, prontifica-se a disponibilizar de imediato, um lote de camisas que tinha destinado à tômbola dos bombeiros e que como esta não se realizou, ainda esperam usança.

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Nova associação nasce em Vizela

Uma nova associação formada este Verão, está prestes a alcançar o seu estatuto jurídico e assim iniciar o seu papel de apoio e de defesa da comunidade.

A Associação Pintantun (nome sugerido, mas ainda provisório) tem como missão a discussão de assuntos vários, tais como descrições pormenorizadas de viagens de férias, leitura e análise de artigos de revistas, estudo de temas diversos como tratamentos de beleza, curas de emagrecimento e soluções de terapias alternativas, ou simplesmente desfrutar os últimos rumores de traições, perfídias e descasamentos locais.

A associação planeia reunir várias vezes por semana nas esplanadas do Fórum, ou no interior, caso as condições atmosféricas o aconselhem, e assume-se como um grupo neo-liberal a roçar o conservadorismo, mas de mentes arejadas e de ideais firmes.

Não há inscrições dado tratar-se de um clube restrito e elitista. Mas os interessados, ou simples curiosos, podem colocar-se nas mesas ao redor, de onde podem assistir sem reservas ou limitações ao desenrolar das conversas.

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