31 de maio de 2011

A valsinha das homenagens... à la mode de Vizela

A cmv ou o secretariado do ps, não se sabe muito bem, (aliás não se sabe de todo onde começa e onde acaba cada um desses órgãos), decidiu homenagear, em vida, certas figuras que se distinguiram nas funções  autárquicas, assim como na luta pelos valores da terra... e pelos ideais do partido que de socialista cada vez tem menos.

Não desejando aguardar até ao próximo 19 de Março para os galardões da praxe e com tantas rotundas por baptizar, acharam melhor ir baptizando uma rotunda por mês e assim promover o turismo festeiro.

Apresentada a lista de personalidades a homenagear, foram seleccionados: Domingos Pedrosa, Manuel Campelos, Carlos Alberto Costa, Maria José Pacheco, Joaquim Costa, Camilo de Oliveira e Jerónimo Ferreira. Ou por não haver rotundas suficientes ou por outro qualquer motivo, não foram considerados: Francisco Ferreira, Pinto Lopes, José Maria Ferreira, Belmiro Martins, Frederico Silva, José Peixoto e Domingos Lima. Este último, soube-o de fonte segura, fica a aguardar a construção de uma rotunda na freguesia onde foi autarca.

E para não ferir sensibilidades decidiu sortear-se a ordem de consagração dos escolhidos.

Ora quis o destino que o primeiro nome a ser designado fosse o de J. Camilo de Oliveira. E merecidamente, digo eu! Um verdadeiro mártir que julgou estar a apanhar o elevador da glória, ao aceitar candidatar-se à junta de S. João contra o prof. Abilio Meneses e, em vez disso, acabou espatifado. Uma derrota estrondosa numa terra onde se defende a ideia de que até o zezinho chapa ganha qualquer eleição se alinhar no PS, destruiu-lhe a carreira política. 
Só que o partido não esqueceu. E a câmara decidiu agora, tarde e a más horas como faz com os fornecedores, ser ocasião de pagar a dívida de gratidão ao malogrado candidato.

Camilo, homem recto e de princípios firmes, que sempre se bateu pelos ideais socialistas e que como verdadeiro sportinguista está habituado ao sofrimento e à derrota, afirmou na sua voz característica: "o que eu querria mesmo erra serrr prrresidente da junta. Tudo isto agorrra não passa de um míserro prrémio de consolação". E lá foi snifando até à sede do partido para mais uma partida de dominó.

Agora permitam que faça uma sugestão: que o Dr. Francisco Ferreira possa estar presente. O Camilo merece que lhe retribua o gesto amigo, aquando da inauguração da rua de Vila Pouca em Santa Eulália, em Novembro passado. Não era qualquer um que tinha a coragem de desobedecer às ordens do partido e de o abrigar quando, sozinho entre as gentes e votado ao ostracismo, fazia a via-sacra, repassado até aos ossos de chuva e solidão. Naquela que apontaram como a única falha do Meireles em toda a cerimónia, se descontarmos o choque de facções e susceptibilidades: não se ter prevenido com guarda-chuvas para os convidados. E nem tão caro ficava! Até porque qualquer loja de chineses era capaz de patrocinar o evento.

Resta acrescentar que a inauguração será feita com pompa e circunstância, em data a anunciar oportunamente, e com os bombos dos peixotos, como é da praxe, a abrilhantar a cerimónia.

PS - Já depois de trabalhada a notícia, chegou-me aos ouvidos que a comissão cortou da lista o nome do prof. Carlos Alberto, justificando-se com o artigo de opinião deste, publicado ontem no DDV. "Não querem ver que o homem, depois de tanto tempo alinhado com os nossos princípios, está a querer passar-se novamente para a oposição?" - dizem que foram estas as palavras exactas de quem o vetou.

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28 de maio de 2011

A mulher mais procurada de Vizela?


Alguém escreveu, e por isso nomeei-o presidente do meu Clube de Fãs, que eu sou a "mulher mais famosa de Vizela que ninguém conhece".
Pois bem, está oficialmente aberta a época de caça à Clarinha. 

A bem da nação, é claro!


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26 de maio de 2011

Actrizes à quarta-feira à noite (bem tarde) 2



A dança exótica de Paris Hilton.

Paris Whitney Hilton  (Nova Iorque, 17 de Fevereiro de 1981) descrita no artigo da wikipédia que se lhe refere, como "uma socialite, actriz, cantora , empresária, escritora, estilista de moda, modelo, compositora e produtora ( com 30 anos já fez isto tudo?! Só mesmo sendo...) norte-americana”. 

Mas, pelo vistos, é também uma excelente bailarina exótica, que encantou, uma destas noites, os frequentadores do “Isto É” com uma estranha dança, logo intitulada pelas revistas sociais de “blame the beer”.
Conta quem viu, que se tratou de um espectáculo inolvidável, só ao alcance de uma grande artista.

Para quem, como eu, não teve o privilégio de assistir, aqui fica o registo para a posteridade.

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24 de maio de 2011

Sondagens, para que vos quero? 2

Eu não tenho dado realce aos resultados das sondagens que tenho levado a cabo neste espaço. Embora agradeça reconhecidamente a todos os que se dignaram perder tempo a clicar nas bolinhas, acabo por considerar que estas, como as outras (ditas sérias), valem o que valem e apenas aproveitam a quem as vê como alavanca para os seus planos ou reforço para as suas convicções. Mas se ao menos servirem para nos divertir… 

E, posto isto, vamos à análise.

A primeira revelou, embora à tangente, que o termo fifão significa fala-barato, linguarudo, e que, portanto, o excelentíssimo porta-voz municipal do partido socialista teve toda a razão em mostrar-se ofendido, assim como a ideia do digníssimo presidente da AMV de permitir ao referido deputado que se pronunciasse para lavar a honra não era de todo descabida. Mas há quem diga que nem 100 discursos misturados com 5 litros de hipoclorito de sódio lhe chegariam para se lavar do que consta por aí a seu respeito.

A sondagem seguinte alvitrou que a CMV irá inaugurar de seguida a rotunda da TMO. Parecer a que eu, apesar de humildemente declarar que acato a vontade popular livremente expressa, me apresto a contestar alegando ter imensas dúvidas. Haverá outras rotundas, mais centrais, que darão certamente muito mais, digamos…, enquadramento paisagístico.

O terceiro inquérito demonstrou, sem margem para qualquer dúvida, que quem se vai tramar com o resultado das próximas eleições é o bom povo português. O que, e ainda de acordo com o enunciado proposto, é muito bem feito, que é para ver se deixa de ser submisso e crédulo. 

Quanto à próxima já está a rolar e, como podem ver, também tem as eleições por tema. 

E agora, toca a votar. Juro que se esta não tiver, pelo menos, dez votos, desisto das sondagens. O que era um alívio para muita gente.

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Vizela já é Slow City. E agora?


Na sequência da aprovação da candidatura vizelense a Slow City ou Cittaslow, cidades que devem promover e aumentar os níveis de tranquilidade e de qualidade de vida aos seus habitantes e visitantes, o presidente da CMV que, de imediato tive o prazer de felicitar e a oportunidade de entrevistar, confidenciou-me que já estava à espera, inclusive, que as obras que decorrem na cidade foram planeadas nessa expectativa e que são apenas um indicio daquilo em que Vizela se poderá tornar num futuro próximo.

Para além disso, o autarca também me pôs ao corrente de uma série de medidas que tem em vista adoptar, não só destinadas a agradecer e honrar tão excelsa distinção, como também para implementar os princípios inerentes ao conceito filosófico que deve orientar uma slow city "incluindo uma alimentação saudável, a convivência com os amigos, a prática de exercício físico, o respeito pela cultura e os costumes, no fundo ter uma vida calma com base em princípios de qualidade".
Medidas essas que embora, avulsas e desordenadas, não resisto a enumerar, para conhecimento dos meus fiéis leitores:

Liberalização do horário de funcionamento da câmara municipal, para que o atendimento se processe sem pressas e com um nível excelente de simpatia e afabilidade. E alargamento do período de almoço para que os funcionários possam degustar devidamente a refeição e sem stress (Embora segundo consta, alguns resultados dos últimos exames médicos periódicos efectuados ao staff camarário tenha detectado níveis de stress muito abaixo do limite mínimo recomendado pela OMS).

Aquisição de uma frota de bicicletas para as deslocações de serviço dos funcionários municipais.

Abolição das taxas de estacionamento. Aproveitamento dos fiscais para lavarem os pára-brisas das viaturas dos vizelenses e dos nossos visitantes, assim como efectuarem outros serviços menores para que sejam  reclamados e se justifiquem.

Revogação imediata das taxas de aluguer dos barcos, do campo de minigolfe e dos balneários do parque.

Distribuição de refeições gratuitas aos desempregados, reformados e outros, cuja precariedade de situação o justifique.

Instalação de uma rede wireless para que toda a população vizelense tenha acesso gratuito à Internet.

Acesso gratuito às futuras piscinas municipais. Entretanto, e como medida de transição até à conclusão das mesmas, os vizelenses poderão frequentar graciosamente a piscina do Park Clube.

Distribuição, juntamente com o boletim municipal, de 1 volume de clássicos portugueses, destinado a incentivar e a promover junto da população o gosto pela leitura.

Construção de uma casa de chuto para que os toxicodependentes ( “eles também são gente, ou não? ...e  votam!”) se possam injectar à vontade, fora das vistas e da desconfiança dos  habitantes limpos e imaculados, e sem incorrerem na forte possibilidade de serem detidos nalguma rusga policial.

Aluguer e abertura do edifício do Casino Peninsular às tertúlias e outras iniciativas que as associações vizelenses pretendam realizar.

Demolição do edifício do Brito e Gomes e zona envolvente para que os achados arqueológicos ali encontrados possam finalmente ver a luz do dia e figurar condignamente num futuro museu de Vizela, “que vamos projectar de imediato”.

Negar autorização para toda e qualquer pedido de instalação de cadeias de fast food no concelho, encerrar, assim que possível, as lojas que vendem esse tipo de refeições e sensibilizar os restaurantes da terra a servirem pratos baseados na dieta mediterrânica, que é segundo os nutricionistas, a melhor para a saúde e a mais adequada ao nosso paladar.

Estas medidas, e outras que certamente irão surgir, vão ser implementadas de imediato, segundo o presidente. E embora não me soubesse elucidar a que fundos irá recorrer, o autarca afirmou que faz disso uma questão de honra: “nem que para isso tenha que vender a viatura que a câmara adquiriu para as minhas viagens”.

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22 de maio de 2011

Porque nós, mulheres, merecemos!



Dedicado a todas as mulheres à custa das quais eu fiz humor neste blogue. E a todas as outras, já agora.
Que querem? Às vezes, a Clarinha tem estes rebates de consciência… 

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19 de maio de 2011

Actrizes à quarta-feira à noite (bem tarde)


Lindsay Lohan a (tentar) sair do Park Club
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PSD, ou a Nobre arte política da cambalhota

Causou surpresa a mudança do sentido de voto da coligação sobre o chamado acordo das Termas, na última AMV. Depois de se ter abstido na reunião de câmara, a força política agrupada sob a lema de “Vizela para todos”, acabou por votar favoravelmente o “ponto único da ordem de trabalhos da assembleia municipal de Vizela que se reuniu de forma extraordinária no auditório dos bombeiros voluntários, no dia 16 de Maio de 2011 pelas 21:30 horas” – tal como descreve o RV.

À saída da reunião eram muitos os que se interrogavam acerca da súbita e inesperada pirueta a que tinham acabado de assistir.

Havia quem apostasse (os ingénuos nativos), num súbito acesso de bairrismo que houvesse inundado de repente as mentes e os corações dos deputados oposicionistas. Outros, perversos e de má-índole, logo agitaram a sombra do suborno e da corrupção. Mas com quê? Um voucher para banhos de lama e irrigações? Isso até a Resgate consegue através de receita médica e não se correm riscos…
Houve até (os crentes do costume) quem aventasse a hipótese de um milagre da senhora de Fátima, que após a conversão da Rússia anda mais virada para as coisas miúdas. E desta ninguém os tira. 

Mas o que adiante se conta é bem diferente e até poderia (atenção Marinho e Pinto!) indiciar um pequeno delito de tráfico de influência. Mas num país onde os maiores corruptos andam à solta quem se atreverá a atirar uma pedrinha?

Pelo contrário e no entender da coligação, tudo não passou de colaborarem numa acção humanitária. Bem ao estilo do seu novo prosélito e candidato a presidente da Assembleia de República, o Nobre- humanista-oportunista- Fernando-de- seu-nome.

Houve efectivamente uma mãozinha da influente família Pires de Lima. Mas apenas porque deseja o melhor para um dos seus entes mais querido e frágil. Fartos e receosos por ver a Ritinha, directora-geral sem nada para dirigir, passar dias inteirinhos confinada à solidão do frio arquivo, na companhia dos livros da empresa. Aflitos, ouvindo-a soluçar de noite antecipando mais um dia sem poder ver a Fátima Lopes. Distraindo-se apenas, de quando em vez, a fazer visitas guiadas pelo balneário a candidatos a investidores e a políticos em campanha. E quando acabar a campanha, voltar ao ramerrão de fingir que trabalha. E o Verão à porta. E Moledo tão próximo.

Vá de o tio mexer os cordelinhos, uma pontinha aqui, uma sugestão ali, uma ameaça velada acolá… e eis que se faz luz nos misteriosos e insondáveis corredores do poder. A coligação engole um sapo, invoca o interesse dos vizelenses e o amor que nutre pela santa terrinha, ainda tenta tirar os louros da cabeça do Dinis, mas, entre duas cambalhotas, acaba por votar a favor.

E tudo se resolve a contento…ou quase. Será que não contavam com o Polery? Ah, mas o Pacheco pôde com ele. Talvez não tenha do outro a arte refinada da oratória mas no vernáculo bate-o bem aos pontos.

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16 de maio de 2011

Discurso de Sócrates teve efeitos laxativos

A passagem de Sócrates por Vizela, mesmo curta, ficará bem marcada na memória de alguns vizelenses. E não estou referir-me ao banho de multidão que recebeu o engenheiro.

O que consta, é que o discurso que o candidato do PS proferiu teve efeitos laxantes em várias dezenas de espectadores. Ainda que não se saiba o número exacto, já que houve pessoas que preferiram manter o pudor e o anonimato, estima-se em 38 infectados, entre os quais 6 senhoras que sofrem de obstipação crónica.

Apesar de nenhum meio de comunicação ter referido o assunto, ou qualquer repórter ter captado o momento, fosse porque as câmaras estavam focadas no candidato e nas dezenas de bandeiras que compunham as primeiras filas, fosse por qualquer outro motivo, garantiram-me que a determinada altura da intervenção do ex-primeiro-ministro houve uma debandada de pessoas que procuravam refúgio e satisfação das necessidades nos WC mais próximos.

Este fluxo anormal foi-me, mais tarde, confirmado pela funcionária de uma pastelaria da zona que afirmou não se lembrar de ver tanta gente aflita. Outra fonte afiançou-me que até o senhor Alberto da Travessa se queixou de que já não sentia uma coisa parecida desde que em pequeno ia roubar tangerinas verdes ao quintal do Jerónimo.

Quem não teve mãos a medir foi a farmácia de serviço, de que não vou dizer o nome para não me acusarem de fazer publicidade, que quase esgotou os stocks de Imodium e Lomotil, e teve que pedir um reforço urgente destes medicamentos “não fosse o diabo tecê-las”.

Conta quem viu que fez pena ver 3 elementos socialistas abandonarem a caravana, despedindo-se dos camaradas que prosseguiam, rumo a Cabeceiras onde teria lugar o almoço “e como é o Barreto a organizar deve ser coisa de arromba!”. Os três infelizes, afectados pelo estranho mal, recolheram a suas casas e, ainda por cima, passaram o resto do dia frente à tv, a chá e a caldo de arroz.

Quem rejubilou com o caso foram as oposições que usaram e abusaram do tema e o usaram como chacota nas conversas durante a tarde e noite de domingo. Contaram-me que o membro de um desses partidos, embora não ateste que o houvesse dito com todas as letras, aproveitou para acusar Sócrates de, mais uma vez, pôr os portugueses na merda.

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14 de maio de 2011

Robert de Niro vem filmar em Vizela

Depois de a TVI se ter revelado avessa a filmar em Vizela a próxima telenovela, o presidente da CMV efectuou, de imediato, contactos com o actor, realizador e produtor americano, Robert de Niro, com vista à rodagem de um filme na nossa terra. Destinado a promover e a divulgar as magníficas condições naturais e também as circunstanciais que não são de depreciar, a autarquia irá empenhar-se a fundo neste projecto. Não sabemos ainda se através de uma PPP ou se, exclusivamente, com fundos municipais.

Sabe-se que a proposta considera quatro hipóteses, sendo três delas baseadas em sequelas ou remakes de filmes de sucesso. Pessoalmente, até acho que denotam uma certa falta de imaginação, mas ei-las, tal e qual me contaram: aproveitar o terreno onde decorrem as demolições fabris “e também o castelo… se caísse era um bem que nos fazia!” para o cenário de um filme de guerra ou de ficção científica; usar o balneário termal, e a área envolvente para um policial que até se poderia chamar “O crime das termas”, ou então servir-se do hotel Sul-Americano e dos seus actuais ocupantes para um remake da película “Os pássaros”, de Hitchcok.

A quarta opção está ainda no segredo dos deuses. E, francamente, eu até receei que fosse uma súmula das outras três e daí resultasse uma salgalhada tipo alhos com bugalhos, tão do agrado do nosso povo ( e de que estes textos são um bom exemplo, mea culpa, mea culpa…). Mas, para meu descanso, afiançaram-me que se trata de um argumento original da autoria da assessora de propaganda da CMV, com o qual a conhecida escritora pretende candidatar-se ao Oscar. E com a chancela de qualidade a que nos habituou.

Por inerência do cargo e também por ser, ao que consta, o único membro da vereação socialista (e apenas estes têm o privilégio das viagens de representação) que fala minimamente as línguas inglesa e francesa, foi encarregada da missão a vereaDora Gaspar, doutora. A nossa embaixadora da cultura deslocar-se-á a Cannes onde decorre o festival de cinema e a cujo júri o famoso actor preside. A edil irá entregar em mão própria a proposta, estabelecerá contactos e manterá conversações com a celebridade, de quem, aliás, é fã incondicional.

Dada a proximidade geográfica entre as cidades, ainda se equacionou antecipar a tradicional viagem da comandita vizelense a Frontignan. Mas perante os protestos e a indisponibilidade do “Grupo das concertinas” para viajar numa data tão próxima “isto não é assim… temos os nossos compromissos", "Não somos funcionários públicos”, a edil decidiu viajar sozinha.

Ora, como para o próximo domingo está agendada a visita do patrão, perdão, de "José Sócrates, candidato do Partido Socialista nas eleições legislativas de 05 de Junho" (assim é que é), a vereaDora apenas viajará no fim-de-semana seguinte. 

Ainda assim, a tempo de assistir à sessão de encerramento do Festival e para a qual, graças aos préstimos e aos conhecimentos dos nossos gémeos de Frontignan, será convidada. 
Para este evento, e agora num registo ao estilo Nova Gente a que não consigo resistir, apurei que a vereaDora vestirá uma criação de Anabela Baldaque. Um “modelo simples mas elegante”, baseado no, que em tempos, a criadora tinha proposto para a farda dos funcionários municipais, e de cujo concurso nunca se chegou a saber os resultados. Refira-se que a peça, com as devidas, mas mínimas alterações para um acontecimento desta categoria, será uma oferta da estilista num gesto de reconhecimento à sua terra natal.

Quem aplaudiu, sem reservas, a ideia da fita foi o MCVV que prometeu desde logo todo o apoio logístico à produção da mesma. Inclusive, o proprietário de um bar da cidade já informou que é sua intenção escolher e disponibilizar entre as artistas de um outro estabelecimento de sua propriedade, meia dúzia de figurantes femininas para as cenas mais ousadas. 

Contactado telefonicamente, numa chamada para os States que me custou os olhos da cara, o realizador confirmou a abordagem, mas sobre as restantes questões apenas soltou um lacónico “We´ll see.”.
Brilhante! Nem o Stevie Wonder diria melhor.

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9 de maio de 2011

Condutores vizelenses queixam-se de tonturas

Os automobilistas de Vizela começam a sofrer os efeitos de uma nova doença que afecta os seus pares de várias cidades do país. 

O efeito giratório, como é descrito por vários especialistas, traduz-se numa postura corporal levemente desalinhada para o lado esquerdo, provocada pela reacção à força centrifuga exercida pela condução em rotundas. Além deste sintoma, o mais visível, também ocorrem episódios frequentes de tonturas, que nos primeiros casos se julgava tratar-se de quedas de tensão, mas que após um aturado estudo efectuado na cidade de Viseu, se veio a provar ter a mesma causa.

O “síndrome de Viseu”, como foi baptizado, só tem uma cura aconselhada pelos médicos. Estes recomendam, uma ou duas vezes por semana, uma viagem de, no mínimo, 300 km em estradas livres desses obstáculos. Se possível em auto-estrada. O que com o aumento das portagens e do preço dos combustíveis se torna incomportável para a maioria dos automobilistas.

Além dos riscos para a saúde, a proliferação de rotundas também tem efeitos no desgaste assimétrico dos pneus da viatura. Segundo o mecânico de uma oficina que optou por permanecer no anonimato, rompe mais depressa a parte de fora do pneu do lado direito. Mas isto é de somenos importância numa terra em que os condutores já se habituaram aos buracos e aos desníveis no pavimento das ruas.

Felizmente, o número, e a gravidade dos casos surgidos em Vizela, ainda não atingiu a expressão da de outros pontos do país, como em S. João da Madeira ou Viseu, em que os condutores se têm que defrontar com dezena e às vezes centenas de rotundas em percursos de poucos quilómetros.

Mas olhando à intenção da CMV de transformar, a breve trecho, cada cruzamento numa intersecção giratóriateme-se que a saúde e o estado dos pneus dos automóveis dos automobilistas vizelenses se venham a deteriorar rapidamente

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5 de maio de 2011

Dinis Costa quer Dr.ª Resgate na sua lista.

Pese embora as conhecidas divergências políticas, DC não hesitou em convidar a Drª. Maria do Resgate para integrar a lista que irá apresentar brevemente aos órgãos sociais da casa do Benfica, em Vizela. 

Em reconhecimento pelo trabalho da médica à frente da instituição, o antigo presidente da AG e agora candidato único à presidência da Direcção, decidiu ignorar as diatribes que entre eles têm existido nas reuniões de Câmara e endereçou-lhe o convite. 

Também há quem diga que não o fez desinteressadamente. Dá sempre jeito ter um médico (e já agora, um disfibrilhador) à mão, para acudir aos sócios que marcam presença na sede para assistir aos jogos. Então esta época, com o Roberto na baliza, estão sempre com o coração nas mãos, de cada vez que a bola passa o meio-campo. E, como se já não bastassem as derrotas, ainda têm que se haver com a mania dos andrades festejarem os títulos à sua porta, bem debaixo das suas janelas. Não há coração que aguente. Só por milagre é que ainda não morreu ninguém, com um ataque de nervos, de raiva ou de humilhação.

A única objecção que a médica colocou, prende-se com o facto de José Sócrates, ser também adepto do glorioso. Incompatibilizada com o ex-primeiro-ministro, por solidariedade com o líder do seu partido, a médica, numa primeira fase, ainda tentou que a actual direcção benfiquista riscasse o nome de Sócrates dos  milhões de associados que o clube da águia tem, espalhados pelo planeta Terra e satélites vizinhos. 

Mas perante a firmeza e o peso dos argumentos apresentados, tanto pelo cabeça de lista como por Filipe Vieira, concedeu em desistir de sua pretensão.  

O presidente da Sad, numa curta e firme missiva que lhe endereçou, e à qual, sub-repticiamente, tivemos acesso, escrita no seu estilo peculiar (dizem as más línguas que o assessor que lhe escreve os discursos devia estar de férias) argumenta que “mais vale um Sócrates que 2 milhões”. E adianta: “ se excluirmos o Zé, arriscamo-nos a que saiam também, o Costa, o Vara, o Seguro, e sei lá quem mais. E quando precisarmos dos jeitos da Câmara (de Lisboa) ou dos empréstimos da Caixa para compramos os 23 jogadores sul-americanos, incluindo os 3 guarda-redes, que o "chicletes" diz que precisa para voltarmos a ser campeões, quem mexe os cordelinhos?” 
“ Já agora, o único que podemos dispensar é o Rui Gomes da Silva, porque para fazer figuras tristes, estou cá eu.”

Resgate compreendeu, aceitou, e está disposta a correr o risco em nome do clube do seu coração.

Confrontada com a estranha aliança, a médica retorquiu: “Muito mais é o que nos une que aquilo que nos separa”.

E (ao som da música do Rui Veloso) siga a marinha! 

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2 de maio de 2011

Sondagens, para que vos quero?

Confesso que fiquei decepcionada com o resultado da primeira sondagem que promovi. Não com a decisão do eleitorado, mas com a participação dos leitores. 

Comparada com a da concorrência, sobre se o actual treinador do FCV deve continuar, que registou uma centena e tal de participantes, sete (7) votantes é um fracasso estrondoso. E interrogo-me: talvez o tema não tenha sido do agrado do público? Afinal quem é que, nos dias que correm, está para perder tempo com questões linguísticas… Talvez que se eu perguntasse que personalidade vizelense seria contemplada com a requalificação da rua onde mora, teria mais possibilidades de sucesso. Ou se inquirisse quem vai lucrar com as obras na quinta do Poço Quente? Ou ainda se promovesse um tema mais proeminente, como por exemplo, qual o jogador do Vizela que deve marcar os pontapés de canto, ou ainda, em que local deve nascer a próxima rotunda da cidade, a adesão fosse outra. Quem sabe?

Entretanto, o resultado está à vista. E eu, desiludida com o mundo e vergada ao peso de uma derrota humilhante, decido que está na hora de me dedicar a outras lidas. Não às lidas caseiras, como já alguém sugeriu - e decerto com a melhor das intenções - mas a mudar o estilo e a dedicar-me a cantar hossanas e louvores aos poderosos do reino. Ou a alinhar num dos campos, que isto de ser independente e frontal é pior do que virar saco de pancada.

O primeiro passo nesse sentido consistiria em aceitar o convite do novo proprietário para integrar os quadros do mais antigo semanário desta terra. E descobrir a fórmula capaz de transformar puro vinagre em azeite extra-virgem que é um fenómeno que me intriga.  

Só que nesse caso teria que interromper este blogue. Embora não me intitule jornalista nem faça da escrita o meu ganha-pão, entendo que deve haver um mínimo de deontologia naquilo que se faz. E escrever em simultâneo para dois órgãos de comunicação social que de certa maneira são concorrentes, não me parece que seja eticamente correcto.

Esta é no momento presente a angústia que me atormenta. E penso se não devo deixar ao critério dos leitores a resolução deste problema existencial, através de uma pequena sondagem…

Ou, quem sabe, se eu me passar a incorporar nas procissões com um ar contrito e devoto adiante do pálio, talvez Deus me conceda num lampejo de graça divina, a clarividência para tomar a decisão acertada. 
Ámen!

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