30 de junho de 2011

Actrizes à quarta-feira à noite (bem tarde) 7


“I don´t believe… only 23 people?! Poor Frank!”

Foi este o desabafo de Tara Reid quando soube da fraca assistência que se deslocou à sede do PS em Vizela, para receber Francisco Assis e a sua mensagem, na 3.ª feira à noite.

Já o próprio reconheceu que a sua proposta de ruptura com o passado não é bem entendida em certas terras. E, digo eu, afirmar que “o partido está muito dominado por pequenos e minúsculos interesses políticos”, não será com certeza, em Vizela, o melhor cartão-de-visita.

Mas que diabo, alguém se lembrou de avisar o homem que marcar compromissos para a noitada de S. Pedro era uma missão de risco. E aqui o pessoal joga pelo Seguro.

Ainda por cima qualquer santo, até o São Pedro que em Vizela não tem muita devoção, actualmente, dá um capote ao São Francisco. Ou até mesmo a dois São Franciscos...

Quanto à actriz, que dá a cara ao post, serve unicamente para enfeitar. Ou melhor, insere-se na quota de beleza que o candidato a líder quer impor ao partido nas futuras listas de candidatos a deputados, “se afinal a maior parte só vai para S. Bento fazer figura, ao menos, com algumas como esta faremos um vistão!“. 
E assim, Tara Reid foi contratada, expressa e unicamente, como majorette para estas sessões.

Só que em Vizela ninguém lhe pôs a vista em cima. Circulam rumores de que a viatura que a transportava ter-se-á desviado da rota, certamente por defeito do GPS, e aproou a Felgueiras. Onde a tripulação, aproveitando o acaso do destino, acabou a noite a festejar condignamente o santo padroeiro. E com óptimos desempenhos, segundo consta.

A restante comitiva ainda pensou em juntar-se-lhes mas, ao recordar certos antecedentes históricos, entendeu perfeitamente a recusa e a justificação de FA, que asseverou: “para cima de S. Jorge não passo! Nem que me levem de rastos.”

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26 de junho de 2011

Afinal, já temos provedor do munícipe em Vizela

Eu não gosto de me gabar mas, manda a verdade que o diga, eu sou uma esposa fiel.
Nem sequer no Facebook gosto de alimentar conversas que começam por abordagens gentis de pessoas curiosas e depressa se transformam em ritual de engate. Todos temos os nossos limites. E mesmo com o marido ausente, não alinho como outras senhoras, que cortadas as amarras do matrimónio, temporária e unilateralmente se transformam em autênticas gatas sem borralho em loucuras de fins-de-semana. Numa febre de conquista e de suprimento de carências que eu nem vos conto.

Prefiro dedicar-me a, por exemplo, navegar na internet. Há quem lhe chame investigação. Eu não me atrevo a tanto. Chamo-lhe entretenimento. Mas às vezes vale a pena. Descobrem-se coisas bem interessantes. Como esta.

Em Dezembro de 2009, foi apresentada em reunião de câmara a criação do cargo de provedor do munícipe de Vizela. Esta proposta da coligação foi cimentada num texto justificativo e num extenso regulamento de 26 artigos. O qual, talvez pela sua complexidade e crassidão nem deve ter sido lido devidamente. O que é facto, é que a proposta foi rejeitada pela maioria rosa. 


Posteriormente, em 21 de Maio de 2010, foi apresentada no município da Covilhã, uma proposta* em tudo semelhante, embora mais pomposamente intitulada “Proposta sobre cidadania e participação cívica: Provedor do Munícipe”, subscrita pelos excelentíssimos Vereadores do Partido Socialista local, João Correia, Vitor Pereira e Graça Sardinha. E cujo parágrafo 5.º reza assim: “Hoje existem Provedores dos Munícipes, em Vizela, Alcobaça, Trancoso, Maia, RioMaior, Odivelas, Cartaxo, Oeiras, para citar apenas algumas das autarquias dos mais variados sectores políticos que optaram pela criação desta figura. “
Mistério! Teria sido criado o cargo na nossa terra sem ter sido dado conhecimento às tropas?
E quem seria o feliz contemplado? Sim, porque a existir, a figura terá que ter a forçosamente a faculdade de possuir um corpo, um rosto, uma identidade.

Ao ler a última edição do RV impressa em papel, como faço quando quero conferir os assuntos que são evitados na edição online, acabei por resolver a charada e descobrir o feliz contemplado. 
A páginas 10 do dito semanário, camuflada entre anedotas e parábolas, lá estava tintim por tintim a narração épica de um feito que (só pode!) testemunha o trabalho silencioso e anónimo que o provedor tem exercido nestes meses, sem que lhe tenha sido dado o merecido reconhecimento. Público, pelo menos.

Estou a referir-me ao caso “do rail retorcido por um automóvel há alguns meses na Circular de Vizela e que colocava em perigo os peões”. Ora, bastou um simples telefonema ao presidente, que ainda respondeu “Desconhecia o problema. Amanhã mando resolver a situação”, para no dia seguinte, de facto, “o presidente ter o problema resolvido”. 
Ora, sabendo que está determinado que o atendimento aos munícipes por parte do excelentíssimo senhor Dinis Costa – Presidente da Câmara Municipal apenas acontece à “3.ª feira e 5.ª feira, com marcação prévia”, pergunto eu, quem a não ser o provedor teria esta competência? Esta facilidade de aproximação ao “poder decisório”? Não há que ter dúvidas, estava descoberto o Ilustre Provedor do Munícipe de Vizela. 

E por uma vez todos têm motivos para se regozijarem:

- A oposição que vê aproveitada, embora por vias travessas e de forma abstrusa, a sua ideia. Mas descansem, que não será por isso que o “reforço da democracia participativa” e “a salvaguarda dos interesses das populações” deixarão de estar devidamente acautelados.
- O Presidente da Câmara que vai poder descansar mais um pouquinho. E nem se verá obrigado a trocar tão amiúde o número do telemóvel para fugir aos empecilhos do costume.
- E o amigo e autor da página 10 do RV Jornal, que vê finalmente concretizado o seu sonho de exercer uma função no nosso município. 

E que melhor veículo para o exercício “de uma função que se quer ética, cívica e solidária, por que dele se exigem evidentes capacidades de persuasão e prestígio social e pessoal que assegurem ao munícipe o necessário crédito de confiança e de respeitabilidade”, além da “função pedagógica e de mediação entre os munícipes e a Autarquia” e de “esclarecimento do cidadão queixoso, sempre que o objecto da reclamação não tenha qualquer razoabilidade”, do que o jornal digital de Vizela, conhecido por DDV, que chega num segundo aos quatro cantos do mundo? 

E agora digam lá, se isto não é jornalismo de investigação do mais fino quilate?
Estou, é curiosa para saber como reagirá o Dr. Chico, que vê mais um aliado passar-se para o campo de onde sopram os melhores ventos.

* Caso duvidem da autenticidade da proposta apresentada pela vereação socialista da Covilhã, consultem: "http://pt.scribd.com/doc/31768780/Proposta-20de-20Provedor-20do-20Municipe1-20-1-1"


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24 de junho de 2011

“Só o humor é revolucionário”. Clarinha, na noite de S. João


O texto que se segue é da autoria de Miguel Esteves Cardoso.

Se porventura quiser conferir a versão sem asteriscos e aumentada, dita pelo Carlos Guilherme, clique no vídeo.
Mas atenção, eu faço o aviso que passa às vezes na televisão: “O programa que se segue pode conter linguagem ou cenas susceptíveis de ferir a sensibilidade dos espectadores”.
Portanto, a responsabilidade é toda vossa.



OS PALAVRÕES

"Já me estão a cansar... parem lá com a mania de que digo muitos palavrões, ******o! Gosto de palavrões! Como gosto de palavras em geral. Acho-os indispensáveis a quem tenha necessidade de dialogar... mas dialogar com carácter!
O que se não deve é aplicar um bom palavrão fora do contexto, quando bem aplicado é como uma narrativa aberta, eu pessoalmente encaro-os na perspectiva literária! Quando se usam palavrões sem ser com o sentido concreto que têm, é como se estivéssemos a desinfectá-los, a torná-los decentes, a recuperá-los para o convívio familiar.

Quando um palavrão é usado literalmente, é repugnante. 
Dizer "Tenho uma verruga no ******o" é inadmissível. No entanto, dizer que a nova decoração adoptada para a CBR 900' 2000 não lembra ao "******o", não mete nojo a ninguém. Cada vez que um palavrão é utilizado fora do seu contexto concreto e significado, é como se fosse reabilitado. 
Dar nova vida aos palavrões, libertando-os dos constrangimentos estritamente sexuais ou orgânicos que os sufocam, é simplesmente um exercício de libertação. 
Quando uma esferográfica não escreve num exame de Estruturas "ah a grande ****... não escreve!", desagrava-se a mulher que se prostitui. 

Em Portugal é muito raro usarem-se os palavrões literalmente. É saudável. Entre amigos, a exortação "Não sejas ****s", significa que o parceiro pode não jogar um ******o de GT2. Nada tem a ver com o calão utilizado para "vulva", palavra horrenda, que se evita a todo o custo nas conversas diárias. 

Pessoalmente, gosto da expressão "É *****o..." dito com satisfação até parece que liberta a alma! Do mesmo modo, quando dizemos "****-se!", é raro que a entidade que nos provocou a imprecação seja passível de ser sexualmente assaltada. Por ex.: quando o Mário Transalpino "descia" os 8 andares para ir á garagem buscar a moto e verificava que se tinha esquecido de trazer as chaves... "****-se"!! não existe nada no vocabulário que dê tanta paz ao espírito como um tranquilo "****-se...!!". O léxico tem destas coisas, é erudito mas não liberta. 
Os palavrões supostamente menos pesados como "chiça" e "porra", escandalizam-me. São violentos.

Enquanto um pai, ao não conseguir montar um avião da Lego para o filho, pode suspirar após três quartos de hora, "ai o ******o...", sem que daí venha grande mal à família, um chiça", sibilino e cheio, pode instalar o terror. 

Quando o mesmo pai, recém-chegado do Kit-Market ou do Aki, perde uma peça para a armação do estendal de roupa e se põe, de rabo para o ar, a perguntar "onde é que se meteu a **** da porca...?", está a dignificar tanto as putas como as porcas, como as que acumulam as duas qualidades. 

Se há palavras realmente repugnantes, são as decentes como "vagina", "prepúcio", "glande", "vulva" e escroto". São palavrões precisamente porque são demasiadamente inequívocos... para dizer que uma localidade fica fora de mão, não se pode dizer que "fica na vagina da mãe" ou "no ânus de Judas". Todas as palavras eruditas soam mais porcas que as populares e dão menos jeito! Quem é que se atreve a propor expressões latinas como "fellatio" e "cunnilingus"? Tira a vontade a qualquer um! Da mesma maneira, "masturbação" é pesado e maçudo, prestando-se pouco ao diálogo, enquanto o equivalente popular "esgalhar um pessegueiro", com a ressonância inocente que tem, de um treta que se faz com o punho, é agradavelmente infantil. 

Os palavrões são palavras multifacetadas, muito mais prestáveis e jeitosas do que parecem. É preciso é imaginação na entoação que se lhes dá. 

Eu faço o que posso."

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23 de junho de 2011

Entrevistas da Treta - Bate-bola com Eduardo Guimarães

Finalmente, o dr. Eduardo G, líder da CA do FCV, põe os pontos nos is e, se não parte a loiça toda, fala, pela primeira vez, do fundo do coração. Farto, segundo diz, de usar o tom politicamente correcto para responder a perguntas formatadas em entrevistas parvas, cansado de lhe colarem a imagem de bom rapaz que não quebra um prato, revela por fim algum desembaraço e até diz caca.

Confira a seguir o essencial da entrevista, um exclusivo “Letras&Tretas”.

- Eduardo Guimarães, olhando à rivalidade, não acha irónico ser um Guimarães a dirigir o Vizela?
- Já no meu tempo de jogador houve um Pimenta que não provocava espirros e um Santos que também não fazia milagres… além doutros que por quem ninguém dava nada e que até chegaram a presidentes de junta. 


- Presidente da AG dos bombeiros, presidente da AG da Fundação, além de mais uns quantos cargos associativos… A presidência do FCV é a sua coroa de glória?
- Isso pensava eu. Agora acho que é a minha coroa de espinhos. Sangram-me por todos os lados. E parece que ainda não acabou… 

- Ainda se sente confortável no cadeirão da presidência?

- Às vezes incomodam-me certas companhias… mas como ainda não apareceu ninguém para me substituir é sinal de que os sócios confiam em mim. A tarefa tem-se revelado árdua… mas não vou esmorecer. 

- A situação do clube é tão negra como a pintam ou é pior?

- Depende da perspectiva. Acho que é grave mas não desesperada. E pegando na linguagem médica, se mantivermos o “doente” em coma induzido mais algum tempo, pode ser que se safe. 


- Que razão dá hoje ao ex-presidente que, na apresentação da sua candidatura, o acusou de falta de um projecto de gestão para o clube?
- Se bem se lembra eu convenci-o, logo de seguida, ao apresentar a teoria dos 3 pilares.
Para uma perfeita elucidação e 
para contextualizar o assunto, vou socorrer-me da notícia da RV, relativa à AG da tomada de posse :


Assegurei que assentaria a minha acção em “três pilares: o apoio financeiro da CMV; a reunião de um grupo de beneméritos para ajudar mensalmente o clube e o emagrecimento da estrutura do clube”. 

A câmara atrasou o mais que pôde a decisão sobre o subsídio e quando, finalmente, o aprovou, ofereceu-me números ridiculamente baixos. E lá tive eu que me desfazer em vénias e agradecimentos quando o que me apetecia era mandar o Pacheco transmitir-lhes, na sua linguagem sem papas na língua, o que pensava deles e do subsídio de caca que me deram. 

Na reunião do grupo de beneméritos que decorreu no mês passado, conseguimos reunir muitos mais do que contávamos, até apareceu gente que não foi convidada, só que todos se esqueceram da carteira em casa. No final, feitas as contas, tirando o bonito comunicado que o Borges já levava redigido de casa e lhe demorou 3 dias a preparar que, por sinal, até foi publicado na CS, ainda não vi frutos nenhuns. 

Agora na parte que me toca, e que me comprometi a realizar, que era a de emagrecer a estrutura, essa tenho-a cumprido religiosamente. Senão vejamos, devido aos atrasos nos ordenados todos os funcionários já perderam entre 4 a 7 quilos de peso, em resultado da ansiedade e das provações que têm experimentado. Mas não quero ficar por aqui: há elementos que podem perder 10 kg. à vontade e é essa meta que me proponho atingir a curto prazo.

- Então está satisfeito? Missão cumprida. E mais?
- Já pus a secção de atletismo a correr do clube e nisso vou poupar algum. 
Nas outras iniciativas é que não tenho tido o êxito que previa.
Com a linha de apoio quem lucrou foi a PT; até insistiram para a manter activa mais uns meses. No sorteio solidário, vendemos apenas metade das rifas, mas com as que ficaram em stock planeamos fazer uma segunda edição do sorteio, talvez em Agosto quando chegarem os imigrantes.  E por último, até o sargento, a quem fui pedir pessoalmente, não autorizou o funcionamento do quino no intervalo dos jogos do torneio que estamos a organizar...

- Embora os seniores, meu deus, andem pelas ruas da amargura, o site do clube anuncia que o FCV está no “top20” da formação. Não há aqui um paradoxo estrutural? 

Desculpe, mas não li nada disso no DDV…
 

- No site oficial do FC Vizela.

- Ah, o clube tem site oficial?! Eu sempre pensei que fosse o DDV. Aliás, é para lá que eu mando as novidades… 
-
- Voltando à questão, se o protocolo com o SCB é para manter, a apregoada aposta na prata da casa não passa de uma treta?

- Bem pelo contrário. A nossa aposta na formação ou, no que você chama com propriedade, prata da casa tem sido uma constante nos últimos meses. 

- Pode explicar melhor?

- Então?!… É com as receitas que o departamento juvenil tem conseguido que vamos pagando algumas contas do clube: electricidade, gasóleo, água, telefones…até o papel higiénico são eles que pagam. Se isto não é uma aposta clara na prata da casa, não sei mais que lhe diga. 

- Voltando aos seniores e projectando a próxima época, quantos juniores vão vir do Braga?

Ainda não sei. Estou à espera de me reunir com o Agostinho Oliveira para saber o que ele decidiu.

- O Rui Dias, que tantos ataques de nervos provocou, e que quase conseguiu a unanimidade de rejeição entre os sócios, vai continuar?
- Depende do Agostinho Oliveira e do presidente do Braga.

- E para quando é que está marcada a AG para dar posse ao Agostinho Cabeleira, perdão, Oliveira?
- Não percebo a sua pergunta


- Não era pergunta. Era um desabafo. Mudando de tema. Os outros directores acompanham-no na pedalada ou são mais para as fotografias? 
A equipa é óptima. De um entusiasmo inexcedível. Especialmente os meus dois colaboradores directos. Só assim é que temos mantido a chama e a esperança de que tudo se resolva. 

- Há quem os acuse de pouca discussão interna e de falta de dinâmica…
- Nós estamos tão sintonizados que não precisamos de reunir ou de falar sequer. Mais a mais, porque todos nós temos o nosso emprego que nos ocupa a maior parte do dia. Não estamos para perder o resto do tempo a debater problemas, que de acordo com a nossa filosofia, não têm solução, logo, estão resolvidos por natureza. 

- Acha que falava a sério a pessoa que afirmou, e passo a citar: “ o dr. Eduardo Guimarães é o melhor presidente do FCV dos últimos anos”? 
- Ah, tem que se dar um desconto, pois esse elogio saiu da boca de um grande amigo meu. Mas, sem falsa modéstia, cada vez mais estou convencido de que sou um presidente à altura do clube. Que outro presidente conseguiu até agora, com os meios que eu tenho à mão, aguentar o barco, apenas com promessas, subterfúgios e adiamentos. Até o PP pagava, de vez em quando, aos fornecedores… 

- Para finalizar, quer que lhe dê a oportunidade de, como é costume, fazer o apelo da praxe, ou acha que não vale a pena já que ninguém o ouve? 
- Vale sempre a pena. Até porque estou a precisar de recrutar pessoal para executar certas tarefas no clube. E dirijo-me sobretudo aos reformados e desempregados. No primeiro ano não lhes poderemos pagar nada, devido às dificuldades. Mas logo que a coisa melhore, penso que no ano seguinte, prometo aumentá-los para o dobro ou até para o triplo. 
Portanto, já sabem, apareçam. O que é preciso é não deixar morrer o clube.


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Actrizes à quarta-feira à noite (bem tarde) 6


Para preparar o seu papel no filme “ Bad Teacher”, tolamente traduzido para português como “Professora Baldas”, Cameron Diaz acompanhou durante 3 semanas as aulas de uma professora, numa escola do concelho. Ei-la no fim do último dia de trabalho a arrumar o saco e a preparar-se para regressar ao país do tio Sam.

O aspecto desleixado e o ar exausto que apresenta, bem diferente da imagem de marca a que habituou os fãs, fica a dever-se a várias causas. Primeiro, ao facto de ter madrugado como nunca o tinha feito na vida para estar nas aulas às 8:30 h. da manhã. Segundo, ser obrigada a percorrer diariamente 100 km. de automóvel, visto ter ficado alojada num hotel do Porto. E, last but not least, ter que aturar as brincadeiras e diabruras da meia centena de crianças que compunham a turma. Nada que uma professora neste nosso país não esteja habituada, mas para uma estrela de Hollywood…

Logo, compreende-se o seu comentário de despedida: “Thank god I’m an actress! Fuck!...”

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21 de junho de 2011

Vitor T quer declarar a independência de Vizela

O BE local vendo que todas as suas anteriores propostas têm caído em saco roto, e que, tirando um ou outro comentário no site da RV, ninguém os leva a sério, decidiu avançar, com uma verdadeira jogada de tudo ou nada. Há quem diga que comparar a proposta à bomba atómica pecaria por defeito.

Afirmando, em comunicado, que “é uma vergonha a capitulação do país aos interesses estrangeiros; proclamando que “Vizela já deu mostras que nada nem ninguém lhe consegue pôr a pata em cima - excepto os dirigentes do partido socialista”; considerando que “não nos deixaremos vergar às ordens da troica, caso contrário corremos o risco de vermos o nosso concelho anexado e incluído novamente no de Guimarães - o que seria uma afronta capaz de levantar do túmulo os verdadeiros vizelenses”; conclui, “é hora, camaradas, de avançar para a autonomia”.

Tomando como antecedentes históricos a comuna de Paris e a aldeia gaulesa do Asterix, Vitor T. já compôs o primeiro verso da marcha da revolta, que começa assim: “ De pé, ó vítimas da troica…”

E anuncia que a primeira medida será a destituição do executivo municipal e a sua substituição por um governo de unidade popular, de "verdadeiros representantes do povo". Presume-se que seja composto por membros do BE ou, caso não sejam suficientes, pelos vira-casacas que estão sempre prontos a mudar de partido. Posteriormente eleger-se-á um novo executivo através de plenários ou outras formas de democracia directa, estando excluídos à partida, todos os autarcas, actuais ou passados, já que esses “são todos alinhados”

Confrontado com a exequibilidade da iniciativa, o líder acabou por confessar que, nesta como noutras, não se revê nas propostas por si lançadas.

Tudo isso é fruto das insónias que o atormentam e que o levam a passar noites em branco a magicar no que há-de engendrar para mandar umas farpas aos socialistas da câmara e pôr os vizelenses a falar dele. Em suma, a armar confusão, como manda o manual do partido.

Não sei se para avançar, o idealista líder do BE estará a pensar fornecer à população vizelense a célebre poção mágica que transformava os gauleses em verdadeiras máquinas de guerra.

Sei, é que em consequência desta iniciativa, que antes de anunciada foi difundida e debatida nos cafés, Vitor T já recebeu uma encomenda contendo 10 caixas de Lexotan 6mg. Em anexo, trazia um bilhete anónimo que esclarecia: “Toma 4 por dia para ver se paras de dizer disparates”. .

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16 de junho de 2011

Declaração de intenções

Acusaram-me, num comentário, de “andar sempre a malhar” no presidente da câmara. Eu respondo que não é nada pessoal. Tenho até pelo senhor um certo respeito, ao contrário do que me merecem, por exemplo, outros membros do executivo municipal, oposição incluída. 

Mas, caramba, chefe é chefe! E não pode ser só para botar faladura e aparecer nos jornais. Também tem que dar o peito às balas…e comer o pão que a Clarinha amassa.

Agora, prometo que lhe vou dar tréguas (a não ser que…) e virar-me para outros alvos.

E há um tema que eu ando a descurar: o futebol e o nosso querido fcv. Seja porque o futebol propriamente dito foi a banhos, seja pelo ultra-low profile do actual presidente (ah as saudades que eu tenho do João Polery!!!), seja pela situação grave que o clube experimenta, confesso que não me tem apetecido bater no ceguinho.

Mas isto remedeia-se. Dentro de dias, caros leitores, vão deparar, no “Letras&Tretas”, com o Dr. Eduardo G. como nunca o viram, ouviram ou leram. 

Depois do directo no Especial Informação do passado sábado, aos microfones da RV, está na hora do presidente do clube responder às questões impertinentes da Clarinha. 

Só precisamos de acertar agendas e combinar o encontro. 

E se for a petiscar os hors d’oeuvres da dona Lininha, ainda melhor.
Isso queria eu! 


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Actrizes à quarta-feira à noite (bem tarde) 5


Legenda: são apenas os meus pés.

Explicação: ........................................................................

Moral (da história): a falta de inspiração torna-me melancólica.
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15 de junho de 2011

Estará para breve a criação de um novo departamento na CMV?

Ao verificar que não vai conseguir realizar todas as obras que constavam do caderno de encargos distribuído à população sob o título “Programa autárquico 2009-2013”, o presidente da CMV tem em vista a criação de um novo departamento no executivo. Este trabalhará ligado ao pelouro das obras municipais, mas apenas vocacionado para a alta tecnologia.

A ser criado, o futuro departamento de produção virtual dedicar-se-á, em exclusivo, à criação de hologramas que permitam recriar as obras que, por motivos vários, não puderem ser executadas a tempo.

Um especialista que o presidente mandou vir expressamente do Japão, mas que ainda não foi contratado – “porque isto agora pia fino”, foi questionado na entrevista de apresentação acerca da viabilidade da ideia.  

Deixando de lado as obras menores, como a construção do canil municipal ou do ecocentro, a atenção do presidente esteve focalizada nas construções de grande porte, como a recuperação da Praça da República, do castelo da ponte, a construção do pavilhão municipal, do parque de desportos radicais, das piscinas municipais, ou a conclusão do edifício-sede do município.

O técnico a tudo respondeu com propriedade e sabedoria e foi debitando informação e pormenores, a que apenas eu e o presidente tivemos acesso.

Primeiro, expressou a ideia que era um projecto inovador que traria ao seu promotor imensa notoriedade e reconhecimento: “só ao alcance da visão futurista de um Sócrates ou de um Marquês do Pombal”.

A seguir, mostrou sérias reservas relativamente à execução de certos trabalhos, nomeadamente a questão das piscinas municipais. Alegou temer que a imagem produzida possa induzir em erro, e exigiu que, no mínimo, o projecção do holograma se realizasse num piso macio, de preferência relvado, ou não se responsabilizaria por eventuais acidentes, tipo cabeças partidas e traumatismos variados, causados a pessoas que não sabendo distinguir o virtual do real, mergulhassem de cabeça nas águas a fingir.

O presidente que, de maneira alguma, quer ver o executivo metido em processos judiciais desse género, comprometeu-se a reexaminar o assunto e possivelmente vai abandonar a ideia.  

Em relação a outras, o perito considerou-as perfeitamente exequíveis. E se a utilização ou a funcionalidade não forem uma questão prioritária, acha-se perfeitamente capaz de dar conta do recado.

Só que, informou, tudo junto é projecto para durar 5 anos, e não consegue, de momento, estimar a totalidade dos custos.

O autarca ainda inquiriu se era possível fazer o pagamento dos subsídios às associações ou dos débitos aos fornecedores através desse processo, “o que resolveria de forma definitiva o buraco financeiro da autarquia”.

Talvez por recear que lhe fosse aplicado o mesmo tratamento ou que a questão não passasse de pura brincadeira, o técnico replicou, a sorrir, que isso não era possível, até por ser contrária à lei.

Em jeito de desabafo, o presidente exclamou: “ Que pena! Assim, ainda era capaz de resolver os problemas de tesouraria da câmara. E talvez, até conseguisse entregar aos bombeiros o auto-tanque de 10.000 litros que lhes prometi há tanto tempo…”

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12 de junho de 2011

Para não dizer que não falo do que é importante


Em jeito de agradecimento à Paula Moura Pinheiro que me tem impedido de deitar ao lixo o aparelho de televisão que tenho em casa.

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9 de junho de 2011

Actrizes à quarta-feira à noite (bem tarde) 4


Foi desta maneira que a actriz Heather Locklear festejou a vitória do PSD nas eleições do passado domingo.

A actriz, simpatizante e amiga desde há muito tempo de Passos Coelho, encontrava-se em Vizela para promover o seu mais recente filme, que estará em exibição daqui por 15 meses nos cinemas do fórum… se não encerrarem entretanto.

E, como vemos, não resistiu a festejar, como pôde, o sucesso do amigo. 
A foto imortalizou-a quando se preparava para integrar a caravana automóvel que se dirigia a outros locais mais favoráveis a manifestações laranjas.

Ficou por apurar se o V invertido era uma provocação a algum apoiante socialista mais excitado ou se era apenas um gesto frouxo provocado pelos efeitos do champanhe com que celebrou abundantemente a partir das 8 da noite.

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8 de junho de 2011

Vitor T reclama à Câmara espaço para se reunir com a oposição

Numa nota de imprensa a que tive acesso, o BE, na pessoa do líder da comissão coordenadora, faz saber que solicitou à CMV a cedência do edifício da Junta de Turismo para aí organizar a reunião de trabalho com a coligação PSD/CDS/PP.

Abandonando o habitual estilo caceteiro, embora continue facilmente reconhecido pela parcimónia no uso da pontuação, o comunicado refere que, e passo a citar:  “Sendo este um assunto do máximo interesse e pretendendo dar um ar sério à iniciativa gostaríamos de saber a vossa disponibilidade para nos ceder em data a anunciar uma sala no edifício do turismo para aí levarmos a cabo uma reunião com as forças da oposição ao executivo a que V. Exa. preside.“

O líder da CC concelhia do BE esclareceu-me em conversa privada, à porta de um café, que “caso o presidente da câmara aceda a este pedido, até estamos na disposição de o convidar como observador, para a referida reunião. Mas adianto, desde já, que o lugar de observador não lhe dará o direito a intervir na discussão. Pode quando muito, e se não incomodar o pessoal, bater palmas e abanar com a cabeça mostrando o seu agrado ou a sua desaprovação com o rumo que a conversa esteja a tomar.”

E disse mais: “até prometemos não colocar faixas a denunciar os compadrios da câmara e os comportamentos ditatoriais do ps local. Pelo menos até ver no que isto vai dar…”

Quanto a respostas dos partidos ao convite, confessa que ainda não recebeu nenhuma: “devem andar entretidos a festejar e a dividir os tachos.” “Mas estou confiante de que vamos reunir muita gente. A não ser que alguns dos meus camaradas se esqueçam de comparecer …como o outro nas cerimónias do 25 de Abril ”

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DC pode suceder a Sócrates na chefia do partido

DC considera seriamente a hipótese de se candidatar a secretário-geral do partido.

Com a autoridade e o prestígio que lhe advêm de ser o administrador do concelho mais rosa do país, e aconselhado por elementos do secretariado local que sonham com voos mais altos, o presidente só aguarda pela próxima reunião, e um apoio inequívoco da concelhia a que preside, para poder avançar.

Escorado no exemplo de Tino de Rans que há uns bons anos se tornou a estrela de um congresso socialista, o autarca, ciente de que faz parte de um partido aberto e plural, já prepara o discurso de apresentação da candidatura.

E que melhor cartão-de-visita poderia arranjar do que o realce que um diário nortenho dá ao concelho de Vizela e ao seu presidente, chamando, inclusive, à terra o socraquistão?

Aliás, o sorriso estampado na foto que ilustra a notícia, não é mais que a satisfação e a antecipação da surpresa que o edil vizelense tem reservada para os seus camaradas de partido.

É que, se “num dos concelhos mais pobres do vale do Ave”, o descontentamento social não se vira contra o Governo nem contra a Câmara, como orgulhosamente refere, e se, ainda assim, o partido obtém votações acima dos 50%, o que não conseguiria ele no resto do país? 

Esta é, sem dúvida, a prova provada de que a política é a arte da ilusão- à boa maneira de Sócrates. E se a população de Vizela continua iludida, não será o seu presidente de câmara o herdeiro natural e o melhor substituto do putativo engenheiro?

É verdade que o executivo vizelense tem feito o que pode (e o que não pode) para diminuir o índice de desemprego do concelho, contratando a esmo e ao desbarato funcionários que a tornaram, em pouco tempo, numa das maiores empresas da região. E os vizelenses têm fama de ser bem agradecidos. Além de “inteligentes”, é claro! “Sabem o que querem e, essencialmente, o que não querem”…“estão com o executivo e querem que continuemos em frente”.

...EM FRENTE??!!

Olhe que, francamente, não sei se essa é a atitude mais assisada... para quem se encontra a um passo do abismo financeiro.


Agora quero ler o resto!

2 de junho de 2011

Actrizes à quarta-feira à noite (bem tarde) 3



Britney Spears à saída do restaurante na Trancosa onde, no passado dia 8 de Março, festejou com mais de 50 mulheres tagildenses o Dia Internacional da Mulher.

Festa na qual, como descreveu um jornal da terra, “animação não faltou, desde a música e dança, tudo serviu para comemorar a luta pela igualdade das mulheres. Tanto as mais novas como as mais maduras, nenhuma ficou indiferente a esta festa, onde quem serviu e animou foram os homens. Todas as mulheres foram presenteadas, pois há que festejar o poder de ser mulher.
No fim, só existia um pensamento: “Para o ano haverá mais…”

Excepto para a pobre Britney que jurou nunca mais querer ver vinho tinto à sua frente.
Agora quero ler o resto!