15 de julho de 2011

Actrizes de madrugada 1




Megan Fox, na foto, foi a actriz escolhida para promover a futura praia fluvial da Cascalheira.
E, por uma vez, tudo parecia pacífico e a escolha acertada. Só que…

À última hora, porém, o departamento de trânsito da CMV achou por bem encomendar um estudo de impacto visual destinado a aferir as consequências que a suculenta imagem pode vir a causar na concentração dos automobilistas. Isto, considero eu, não passa de um preciosismo e de uma desnecessidade. Os nossos machos e galantes condutores derretem-se por coisas destas. E não só os cartazes - toda a mulher, acima dos 12 anos, que lhes caia no horizonte visual é uma presa potencial.

E, pelo menos, aos cartazes não devem apitar nem mandar piropos. Portanto, se a questão é essa, deixem-nos que se espetem à vontade.

Mas também há quem diga que teria havido oposição interna a esta escolha. Tendo alguém argumentado que havendo em Vizela moças tão bonitas e prendadas, não havia necessidade de se importar estes luxos estrangeiros. E em jeito de declaração de voto: “ Acredito que não faltaria, aqui por perto, quem por amor à terra estivesse disposta a dar o corpo ao manifesto! Até no seio da própria autarquia...” 
Reflexos da crise ou acesso de ciúmes?

Mas enquanto isso, a afixação do painel está suspensa. No entanto, se a foto carece de aprovação o mesmo não se passa com o slogan: “Na praia da Cascalheira goze o Verão à maneira!” - foi esta a frase preferida.

Falta esclarecer que o facto de a Megan estar com água até aos joelhos não é fruto do acaso, nem truque para lhe realçar os atributos. É que, em Agosto, com a seca e o controlo do caudal do rio na barragem da Queimadela, o Vizela, no ponto em que se projecta a praia, não costuma ter mais altura de água do que o tanque da praça. “Do mal, o menos, assim há poucos riscos de alguém se afogar. A câmara não pode é correr o risco de ser acusada outra vez de publicidade enganosa”.

Quanto confrontada com a questão de ser ou não exequível o funcionamento da praia já este verão, a actriz apenas disse: “I don’t care! I´m already used to appear in fiction movies…

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13 de julho de 2011

Rádio Vizela – A melhor rádio… do concelho



Depois de num estudo recente efectuado pelo Bareme – Rádio, do grupo Markest, ter sido classificada entre as 10 piores rádios do país, tendo-lhe sido atribuída a categoria LR (lixo radiofónico), livrando-se de ser considerada PS, isto é, Poluição Sonora, por uma unha negra, alguns dos seus eficientes profissionais, colaboradores ou lá como lhe queiram chamar, encheram-se de brios e decidiram responder à letra.

Primeiro, lançaram um inquérito no Facebook ao qual apenas responderam 8 pessoas e cujas conclusões não foram reveladas, a seguir, elaboraram eles próprios um estudo, do qual obrigatoriamente devo dar conhecimento aos meus leitores. 

O estudo consistiu numa sondagem efectuada nos dias e locais em que decorreram os espectáculos comemorativos dos 25 anos da estação. E o método revestiu-se de uma forma assaz curiosa. 

Eis as perguntas:
-Qual é em sua opinião a melhor rádio do concelho de Vizela? ("quem disser que é a RV ganha 1 fino na barraca da esquerda.")
- Quantas horas em média, ouve a RV por mês? ("quem disser que ouve mais horas ganha 1 cachorro na barraca da entrada")
- Onde costuma ouvir a RV?
- Qual o melhor programa da RV? ("o produtor ou locutor do programa mais votado paga cervejas a toda a gente")

No fim, depois de analisados os dados, os resultados demonstraram o seguinte:
- 75% dos espectadores consideraram a RV a melhor rádio do concelho. A barraca da esquerda esgotou 3 barris de cerveja.
- O ouvinte comum aguenta, em média, 2 horas de RV por mês, mas o vencedor revelou que ouvia mais de 1.000 horas, juntamente com a família. Como é evidente, a família Esteves ganhou por larga maioria - embora o cachorro não chegasse para todos… 
- É no local de trabalho que mais se ouve a RV. Há patrões que obrigam os trabalhadores a seguirem toda a programação, incluindo os spots, para saber quantas vezes ao longo do dia o nome da empresa é referido. Há quem diga que isto viola claramente as leis laborais. Aguarda-se a tomada de posição da Federação dos Sindicatos de Braga relativa ao assunto. 
- Finalmente, na questão do programa mais ouvido, houve empate técnico entre o Alegre Despertar, do Alexandre Pereira e o Recordar é Viver, do amigo Mindinho. Conclusão, ninguém quis pagar as cervejas.

Daqui se extrai, isto é, extraíram os promotores do estudo que a Rádio Vizela, além de ser, de longe, a melhor rádio do concelho também é a mais ouvida pelos vizelenses. Sobretudo por aqueles – digo eu - que têm aparelhos comprados nas lojas dos chineses, cujas antenas, de acordo com o folheto, “captam todas as frequências num raio de 5 km.” 

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Entrevistas da Treta - S. Bento confessa-se



Estando a decorrer a tradicional romaria de S. Bento das Pêras, considerado popularmente o Padroeiro de Vizela, tentamos obter do presidente da confraria, um depoimento de forma a assinalar a data. Fomos, porém, informados de que o presidente se encontra nesta altura assoberbado com trabalho e era impossível dispensar-me qualquer réstia de tempo. E como, se há outros membros da confraria, deles não reza a história, pelo menos a que vai sendo escrita, dia a dia, pelos órgãos de informação locais, achei por bem e, sem meias medidas, dirigir-me ao patrono para ouvir a sua mensagem.
E propagá-la aos quatro ventos, como é de tradição.


Como gosta que o tratem?
Como quiser. Só não gosto que me chamem Senhor São Bentinho. Não sei porquê mas não me soa bem. Se ao Papa, a qualquer papa, tratam de forma reverencial por Sua Santidade, chamarem-me a mim senhor e em seguida grafarem o meu nome próprio sob a forma de diminutivo, hipocorístico que seja, acho uma falta de respeito, quiçá, uma heresia.
Tratem-me por S. Bento e pronto!

…das pêras. Porquê das pêras?

Essa, nem eu na infinita sapiência que me é atribuída, consigo perceber. Talvez seja uma corruptela de pedras. Deve ser por isso que pintam de branco os penedos aqui à volta… 

Como veio parar a Vizela?

Assim como fui parar a muitos outros lados…. Da Núrsia, onde nasci até monte Cassino, onde acabei por morrer, espalhei-me um pouco por toda a parte, graças ao empenho e à influência dos monges que seguiram a minha regra. Acho que foi graças à sua acção evangelizadora e cultural que me tornei naquilo que sou. E acabei por cair nas boas graças do povo português por terem atribuído à minha protecção, na ocasião do terramoto que destruiu Lisboa, ter-se salvo o mosteiro de S. Bento. Se adivinhassem no que aquilo se ia tornar, certamente não gozava de tanta fama.
Também sou o padroeiro da Europa. Agora até o Passos me trata com muito respeitinho. Aliás, tirando o camarada Jerónimo e aqueles que também levaram na cabeça nas ultimas eleições… não, não estou a falar do Sócrates… o bloco do Louçã, ou lá que é… tirando esses, os outros, mesmo os ateus, fazem-me muitas promessas. Mas sabe como é, promessas de político nunca se cumprem. Ah, se eu fosse vingativo como apregoam!…

Santo popular. De onde lhe vem a aura?
Eu sempre fui monástico. Não me misturava com a plebe. Fui sulista, elitista e liberal, muito antes do Menezes de Gaia ter inventado a frase para designar o eixo que tomou conta do partido. E, paradoxo dos paradoxos, acabei por tornar-me um santo do povo. Os desígnios do Senhor são, na verdade, insondáveis.
Mas também é provável que haja para o fenómeno uma explicação sociopolítica: o povo pega em bandeiras. Grita. Aplaude. Vota. Quando vê as coisas malparadas, vira-se para os santos… como se nós fossemos capazes de limpar a porcaria toda que, perdoe a expressão, os gajos fazem…

Mas então, não gosta dessa fama?
Porque não corresponde à verdade. O Francisco, sim. Esse era um santo popular. Virado para a humanidade, para os pobres…E para as coisas da natureza e do meio ambiente, como está na moda. 
Eu fui mais de clausura e de erudição.

O Francisco…?
O Francisco de Assis, sim. Giovanni di Pietro di Bernardone, canonizado pela Igreja como S. Francisco de Assis. Ou de quem pensou que eu estava a falar?

Que me diz da ideia de transformar o dia 11 de Julho no feriado municipal de Vizela? Agrada-lhe a proposta?
Não sei porquê. Mais uma vez, tratam de pôr as responsabilidades e as esperanças nas mãos dos santos… Sei que o feriado municipal é no dia em que foi criado o concelho. Fruto da vontade política de alguns, mas sobretudo da consciência colectiva da população. Querem melhor motivo para celebrar do que esse? Da vossa força e do dia em que viraram a história?
Também sei que em Julho o tempo é mais agradável, convida a sair e a beber uns copos, a confraternizar… A convivência e a partilha são sempre salutares. Mas por essa ordem de ideias, punham o Natal em Agosto. E o carnaval também, para as meninas das majorettes não passarem tanto frio… Sim, que eu cá de cima também vejo muita coisa…

Nestes tempos de crise deve ser mais solicitado?
Nem lhe conto! Havia de ver o rol de pedidos que já me fizeram este ano. Fora os tradicionais, claro. Eles devem pensar que isto é um comércio ou o serviço celestial de saúde. Tenho saudades de quando era, apenas, o advogado das coisas ruins e dos males desconhecidos… aí, menos mal, até porque o diabo foi perdendo força ... E para antrazes, verrugas, cravos, enfim todas essas excrescências carnudas, foram-se descobrindo bons remédios… até genéricos há. Contra os cancros e os maus vizinhos da porta, a coisa pia mais fina...Depois o Paulo VI nomeou-me padroeiro da Europa… Mais um encargo! …agora, até contra uma tal de moody’s rating pedem a minha intersecção… Francamente!

Voltando a Vizela. Gosta do sítio onde o colocaram?
Tem melhorado. O turismo religioso sempre foi um bom negócio. E pelo que ouço, é para aí que Vizela tem que se virar. Para o turismo… Eu sei, pelos pedidos que me fazem, que as fábricas têxteis fecharam quase todas, as termas também… e as alternativas não têm sido muitas. Vejo que andam a fazer qualquer coisa nas bermas do rio. Mas pelas cores da água e o cheiro que aqui chega, ainda vai ser demorado… 
Gostava de poder vir a ser parte da solução.
E dizem-me que o espaço está bonito.

Há alguma coisa de que não goste?
Às vezes, não gosto do que se passa nas minhas costas. A barafunda da feira que para aí montam. E há outra coisa, já que pergunta. A mim, que sempre louvei o silêncio, custa-me um bocado ouvir o foguetório, o estrondear dos foguetes todo o santo dia. E a música pimba – como lhe chamam, que para aí ecoa!... 
Mas refugio-me na contemplação e na oração. Que remédio!
Outra coisa que me irrita são os cravos vermelhos. Por causa das conotações, sabe? Cravos vermelhos, revolução dos cravos e essas coisas… até porque a cor tradicional das oferendas que me fazem é branco. De repente, viraram-se para os cravos vermelhos… Pode ser historicamente um erro de simpatia, mas mesmo assim…

De cá de cima, tem visto Vizela crescer?
Nem sempre bem, para ser franco. Nem de forma ordenada. Especialmente, a seguir à criação do concelho. Até cheguei a recear que a altura dos prédios acabasse por me tapar a vista. Mas agora, normalizou. Até andam a construir umas chicanes giras, espalhadas pela cidade… Ao menos são verdes. Sempre servem para compensar as carecadas que o meu monte tem levado… 
Outra coisa de que ouço dizer bem, é da uma freguesia que só vejo de relance pelo canto do olho esquerdo. Dizem que, desde que para lá entrou uma senhora para a junta, nem parece a mesma.
Até andam a construir uma estrada directa cá para acima!

Ah! Tagilde?…
Essa mesma. Mas isso é mais do foro do meu colega Gonçalo.

Um último conselho ao povo que o venera?
Adoptai o espírito da minha regra: pax e ora et labora.  
E, se ainda for a tempo, deixai de me representar paramentado com roquete, mitra e báculo. Eu fui monge, não fui bispo.

PS- Fiz a vontade ao santo. Embora não garanta a autenticidade da imagem (o Foto Studio só se viria a estabelecer algumas décadas depois ), esta representa um simples monge e deve estar mais de acordo com a verdade histórica.

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7 de julho de 2011

A Clarinha faz 1 ano.

Pois é! Hoje é o 1.º aniversário da Clarinha.
74 postagens, quase 10.000 visitas, são motivos suficientes para festejar. Festejemos, pois!


Do programa de aniversário consta uma tertúlia, subordinada ao tema: “Má-língua… mas com estilo” e a actuação de vários artistas para animar a festa, nomeadamente: José Carapinha, Abílio da Gaita, António Severino, além da vedeta internacional, Syrena e os truca-truca.


O Grupo de Bombos Família Peixoto e a Orquestra Ligeira de SFV, dois grupos “habitués” destas comemorações, e que foram convidados, alegando compromissos inadiáveis, não vão poder estar presentes.

Convido os órgãos de comunicação local – como não podia deixar de ser – ao menos, para ser notícia nos jornais.

Faço questão de convidar todos aqueles que foram visados nos meus posts – quero agradecer-lhes pessoalmente os motivos de inspiração que me deram. Faço votos que apareçam! E sem ressentimentos, hein?

Também os meus amigos do Facebook estão convocados. Mas, por favor, não tragam convites para eventos e aplicações.

Espero é que o bolo que mandei confeccionar, e de que junto foto para abrir o apetite, dê para toda a gente. Penso que dará. Ou não estivéssemos numa época em que as pessoas, para se mostrarem em forma nas praias, fazem correrias e caminhadas loucas por essas estradas fora, e cortam nos doces, querendo perder num mês o que acumularam num ano. É essa a minha esperança.

O evento terá lugar no restaurante Sul Americano, pelas 21:00 horas. Ou uma hora mais tarde, caso se justifique. Vai dar um trabalhão limpar aquilo tudo! … e abrir o portão de ferro que deve estar oxidado após tanto tempo sem uso. 

PS - Eu ainda pensei convidar as autoridades civis e religiosas, como fez o Xavier, para esta celebração. Mas, por um lado, sou ateia; por outro, não tenho nada que convidar a câmara - até hoje ainda não me atribuíram nenhum subsidio.

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Actrizes à quarta-feira à noite 8 (hoje, mais cedo um bocadinho)







Hoje, para deleite dos meus leitores masculinos, temos, não uma, mas quatro actrizes. Para quem não conhece, trata-se de Misha Barton, Vanessa Hudgens, Chelsea Handler e Audrina Patridge, respectivamente.

Todas convidadas pela Drª Paula Lima para marcarem presença “na visita à futura rua de S. Bento das Pêras (é assim que escreve) que irá ligar Tagilde ao Santuário de S. Bento”. No entanto, apesar de todas terem viajado para Portugal, e usarem o dress code indicado no convite, “sport casual”, preparadas mesmo para uma longa e árdua caminhada e até para pernoitar (“ I tooked my pillows, just in case…” disse Chelsea Handler), nenhuma delas aparece nas fotos oficiais relativas ao evento. 

Estranho! A Clarinha pôs-se em campo e investigou. E, passados apenas alguns dias, orgulha-se de poder apresentar as suas conclusões.


Vanessa e Chelsea falharam a presença porque, apesar de todos os esforços para conseguirem um táxi que as transportasse a Tagilde, o esforço se revelou inútil. Nenhum dos taxistas de serviço no aeroporto Sá Carneiro conhecia tão distinta terra. (Atenção, sra. Presidenta, é preciso remediar esta lacuna. Tagilde tem que figurar rapidamente no guia do aeroporto.) Além disso, todas as chamadas para a anfitriã não foram atendidas porque a linha estava ocupada.

Misha Barton conseguiu chegar a Vizela. De autocarro. Vemo-la sentada em frente ao café Batista. Triste e cansada. Tentando dar conhecimento à Dª Paula que o autocarro seguinte para Tagilde só sairia ao fim do dia. E rogando que lhe arranjassem um meio de transporte alternativo. Lamentavelmente, a presidenta da junta tinha deixado o telemóvel de serviço em casa para o marido fazer uns telefonemas, e não recebeu o recado.

Audrina Patridge, a de baixo, ainda assistiu à cerimónia, mas a única foto, precisamente a que ilustra este post, que ela autorizou a publicar foi rejeitada liminarmente por alguém de alto gabarito, que não se mostrou agradado pelo que a foto indiscretamente revela. Não se trata, obviamente, dos atributos físicos da actriz, mas do estado degradado dos passeios. “Mostrar a todo o mundo os buracos que alguns passeios vizelenses ostentam ia-nos fazer passar por uma terriola do 3.º mundo. Corta!” 
E assim como a actriz proibiu as outras, “it’s horrible! I was full of dust. I don’t want that the world would see my dirty feet. And my new sandals, ooooh…” , o cachet, que segundo as estimativas até dava para pagar os paralelos que faltam, foi transformado em pó.

As actrizes, por intermédio dos respectivos agentes, lamentam o sucedido mas alegam que a culpa foi toda da organização. E revelaram ainda ter ficado abismadas por não haver um único táxi de serviço na freguesia.

Moral da história: assim se gorou a oportunidade de uma grande reportagem que corresse mundo, para grande desgosto da presidenta. 
Quanto às convidadas, provaram na pele o que já tinha sentido o duque de Edimburgo em 1973, aquando da comemoração dos 600 anos da aliança luso-britânica– ficaram a ver Tagilde por um canudo. 

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1 de julho de 2011

Movimento popular contra a reabertura das termas

Começou a circular em Vizela uma petição contra a reabertura das Termas. Este abaixo-assinado já conta com mais assinaturas do que militantes do PS de Vizela que ouviram FA, isto é, mais de 5.

As razões que apresentam têm o seu quê de pertinente: temem que com a restauração do monopólio, as “bicas” de água sulfurosa que jorram livremente em, pelo menos, dois locais do parque das termas possam vir a ser encerradas. (Esclareço que não se trata propriamente de bicas, mas sim de rebentamento de tubos que transportavam a água da zona de captação até às termas e que agora vertem para o rio). E que sequem as duas pocinhas, cada vez mais confortáveis “até já têm banquinhos” onde os banhistas se vão consolando e com o relaxamento até aliviam os níveis de stress “o que é bem preciso nesta altura de crise!”

Habituados às sessões matinais e vespertinas de banhos às pernas, “sem receitas, cartões ou outras complicações “, os utentes borlistas já não passam sem os tratamentos para os seus problemas de pele, ossos e circulação. "Desde que comecei a vir já sossego melhor durante a noite. Via-me à rasca para dormir com dores nas pontas dos dedos. ", declarou João Luís Gonçalves, de 74 anos, ao JN, no passado mês de Maio.

Entretanto, como é seu apanágio, Vitor Tê (afinal é assim que se escreve!) colocou-se de imediato ao lado dos signatários, a quem manifestou todo o apoio e disponibilidade para fomentar junto das entidades competentes o arrastamento do processo de atribuição da concessão “pelo menos mais cinco anos”. O que, bem vistas as coisas, neste país nem é coisa de monta.

Quando interrogado pelo L&T acerca da sua estranha tomada de posição, o Tê exclamou: “Sempre contra a câmara, sempre ao lado do povo… Até porque a água pertence a todos. E já basta o que a Vimágua nos rouba…”

Pelo contrário, quem não está a achar piada à iniciativa é o movimento dos comerciantes. Depois da pressão, das manifestações e dos presuntos que ofereceram, receiam que possa ir tudo por água abaixo. “É que estes pés-rapados, apesar de serem cada vez em maior número, se nem dinheiro têm para os tratamentos como hão-de ter para provar a minha selecção de vinhos ou as deliciosas tripas que eu preparo na adega Avelino?” referiu um membro da associação que, por modéstia e para não ser acusado de fazer publicidade, pediu para manter o anonimato. 

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