17 de novembro de 2011

Rua da Rainha novamente encerrada


A rua Dr. Pereira Caldas, por todos conhecida como Rua da Rainha, esteve hoje novamente encerrada ao trânsito.
Como volta e meia há festa na artéria, não foram poucas as pessoas que à vista do sinal, mal almoçaram, se postaram nas imediações a ver o que saía. Contudo para desilusão das dezenas de populares que aí acorreram na expectativa de mais um arraial, desta vez não se tratou de uma celebração mas de uma inundação. E a matéria do encerramento não foi o vinho mas a água.
Com efeito, e como é costume com as chuvas a sério, o regato, que atravessa a rua junto a um dos restaurantes, revolta-se e extravasa as margens que a oprimem – como no poema de Brecht- e arrasta cadeiras, mesas, panelas e o mais que encontra à sua passagem. Se bem que filosófica e sociologicamente (para não falar do plano urbanístico) esta analogia desse pano para mangas, parece que ninguém se deu ao trabalho de reflectir sobre o assunto. E a jornada foi encerrada com as doutas palavras de um transeunte, que ao ver a azáfama do dono do estabelecimento ao limpar os estragos, afirmou: “É uma pena! Como é possível que a natureza tão linda possa, às vezes, ser tão destruidora.” E depois de uma pausa, acrescentou: “ Sempre pensei que fosse um magusto. Umas castanhinhas e um vinhito novo até ajudavam a compor o estômago e a passar melhor a tarde…”
Refira-se apenas, para concluir, que não foram avistadas as personalidades do costume e os trabalhadores da CMV, que se encontravam a proceder ao arranjo, patentearam uma discrição absoluta, não se dispondo a posar para a câmara nem a conceder entrevistas. Nos antípodas do que é hábito suceder com os seus patrões.
.................................................................................................................................................................................................................... Queriam mais? Lamento... Hoje não há mais nada.

Sem comentários:

Enviar um comentário