1 de julho de 2011

Movimento popular contra a reabertura das termas

Começou a circular em Vizela uma petição contra a reabertura das Termas. Este abaixo-assinado já conta com mais assinaturas do que militantes do PS de Vizela que ouviram FA, isto é, mais de 5.

As razões que apresentam têm o seu quê de pertinente: temem que com a restauração do monopólio, as “bicas” de água sulfurosa que jorram livremente em, pelo menos, dois locais do parque das termas possam vir a ser encerradas. (Esclareço que não se trata propriamente de bicas, mas sim de rebentamento de tubos que transportavam a água da zona de captação até às termas e que agora vertem para o rio). E que sequem as duas pocinhas, cada vez mais confortáveis “até já têm banquinhos” onde os banhistas se vão consolando e com o relaxamento até aliviam os níveis de stress “o que é bem preciso nesta altura de crise!”

Habituados às sessões matinais e vespertinas de banhos às pernas, “sem receitas, cartões ou outras complicações “, os utentes borlistas já não passam sem os tratamentos para os seus problemas de pele, ossos e circulação. "Desde que comecei a vir já sossego melhor durante a noite. Via-me à rasca para dormir com dores nas pontas dos dedos. ", declarou João Luís Gonçalves, de 74 anos, ao JN, no passado mês de Maio.

Entretanto, como é seu apanágio, Vitor Tê (afinal é assim que se escreve!) colocou-se de imediato ao lado dos signatários, a quem manifestou todo o apoio e disponibilidade para fomentar junto das entidades competentes o arrastamento do processo de atribuição da concessão “pelo menos mais cinco anos”. O que, bem vistas as coisas, neste país nem é coisa de monta.

Quando interrogado pelo L&T acerca da sua estranha tomada de posição, o Tê exclamou: “Sempre contra a câmara, sempre ao lado do povo… Até porque a água pertence a todos. E já basta o que a Vimágua nos rouba…”

Pelo contrário, quem não está a achar piada à iniciativa é o movimento dos comerciantes. Depois da pressão, das manifestações e dos presuntos que ofereceram, receiam que possa ir tudo por água abaixo. “É que estes pés-rapados, apesar de serem cada vez em maior número, se nem dinheiro têm para os tratamentos como hão-de ter para provar a minha selecção de vinhos ou as deliciosas tripas que eu preparo na adega Avelino?” referiu um membro da associação que, por modéstia e para não ser acusado de fazer publicidade, pediu para manter o anonimato. 

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