21 de abril de 2011

Infias - cemitério lotado, proibido morrer?

Instado a comentar o título com que no site da RV se resume a última Assembleia de Freguesia de Infias, o presidente da Junta, embora discorde do estilo redutor e alarmista, reconhece ser verídico, no essencial, o conteúdo da frase. E aproveitando a oportunidade faz um apelo aos seus fregueses para que evitem morrer – “só o fazendo em caso de extrema necessidade”- enquanto a CMV não proceder à projectada construção de jazigos no cemitério da freguesia, que, ainda de acordo com a notícia, está com a “lotação esgotada”.

 “Caso não seja de todo possível evitar o fatal desenlace”- acrescenta o presidente - devem os infienses ou as respectivas famílias, avisar com a antecedência mínima de uma semana para que sejam tomadas as devidas previdências”. Que, ao que apurei, não passam pela instalação de um crematório, nem pela acomodação dos finados nos cemitérios vizinhos, porquanto se sabe como os defuntos são ciosos em relação à qualidade do lugar que lhes destinam para o eterno repouso.

Refere ainda o presidente, que lamenta todo este imbróglio, que para além de incómodo é caricato, mas que a haver responsabilidade pela lamentável falta de sepulturas, essa não pode nem deve ser imputada ao seu elenco. Alertou em devido tempo a CMV para a situação, mas parece que a celebre divisa do marquês de Pombal de “cuidar dos vivos e enterrar os mortos” tarda em ser adoptada pelo executivo municipal.

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