2 de maio de 2011

Sondagens, para que vos quero?

Confesso que fiquei decepcionada com o resultado da primeira sondagem que promovi. Não com a decisão do eleitorado, mas com a participação dos leitores. 

Comparada com a da concorrência, sobre se o actual treinador do FCV deve continuar, que registou uma centena e tal de participantes, sete (7) votantes é um fracasso estrondoso. E interrogo-me: talvez o tema não tenha sido do agrado do público? Afinal quem é que, nos dias que correm, está para perder tempo com questões linguísticas… Talvez que se eu perguntasse que personalidade vizelense seria contemplada com a requalificação da rua onde mora, teria mais possibilidades de sucesso. Ou se inquirisse quem vai lucrar com as obras na quinta do Poço Quente? Ou ainda se promovesse um tema mais proeminente, como por exemplo, qual o jogador do Vizela que deve marcar os pontapés de canto, ou ainda, em que local deve nascer a próxima rotunda da cidade, a adesão fosse outra. Quem sabe?

Entretanto, o resultado está à vista. E eu, desiludida com o mundo e vergada ao peso de uma derrota humilhante, decido que está na hora de me dedicar a outras lidas. Não às lidas caseiras, como já alguém sugeriu - e decerto com a melhor das intenções - mas a mudar o estilo e a dedicar-me a cantar hossanas e louvores aos poderosos do reino. Ou a alinhar num dos campos, que isto de ser independente e frontal é pior do que virar saco de pancada.

O primeiro passo nesse sentido consistiria em aceitar o convite do novo proprietário para integrar os quadros do mais antigo semanário desta terra. E descobrir a fórmula capaz de transformar puro vinagre em azeite extra-virgem que é um fenómeno que me intriga.  

Só que nesse caso teria que interromper este blogue. Embora não me intitule jornalista nem faça da escrita o meu ganha-pão, entendo que deve haver um mínimo de deontologia naquilo que se faz. E escrever em simultâneo para dois órgãos de comunicação social que de certa maneira são concorrentes, não me parece que seja eticamente correcto.

Esta é no momento presente a angústia que me atormenta. E penso se não devo deixar ao critério dos leitores a resolução deste problema existencial, através de uma pequena sondagem…

Ou, quem sabe, se eu me passar a incorporar nas procissões com um ar contrito e devoto adiante do pálio, talvez Deus me conceda num lampejo de graça divina, a clarividência para tomar a decisão acertada. 
Ámen!

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